O crescente foco estratégico da Upstream em mercados emergentes começou de forma simples: seguindo os próximos bilhões de consumidores de telefonia celular
Upstream/YouGov e Vanson Bourne, 15 de março de 2013
Na verdade, esse bilhão é apenas o começo. A Ovum espera que só a China, Índia e Indonésia compartilhem 3 bilhões de assinaturas de telefonia celular entre si até 2017. Nos próximos 3 anos, eles esperam mais de 175 milhões de novas conexões na África Subsaariana, e a infraestrutura de rede para internet celular de alta velocidade está em rápida expansão. Nos mercados desenvolvidos, entretanto, o crescimento das assinaturas está retraindo.
As atuais tendências em redes móveis poderiam iniciar uma segunda onda de desenvolvimento econômico impulsionado pela telefonia celular, tão poderosa quanto aquela provocada pelo lançamento original dos telefones celulares. Sua expansão nos países pobres não está apenas reformulando o setor, mas está mudando o mundo.
The Economist
Os números das manchetes contam apenas parte da história
E suposições convenientes sobre celulares em mercados emergentes precisam ser colocadas sob escrutínio. Por exemplo, muitos no setor veem o surgimento de smartphones abaixo de 100 dólares como a única solução para o crescimento da receita proveniente de telefones celulares nos mercados emergentes. Nossa pesquisa mostra um quadro mais delicado: de um lado, consumidores dispostos a pagar preços mais altos pelos telefones que desejam e, de outro, uma alta demanda inexplorada por conteúdo útil nos telefones.
Nosso foco na monetização mobile, e a questão central que aí se coloca é relativa aos pagamentos. A penetração dos cartões de crédito e débito nos mercados emergentes é baixa, criando um grande obstáculo ao modelo de loja de aplicativos que tão rapidamente chegou a dominar os mercados maduros.
Nossa pesquisa demonstra que os consumidores em mercados emergentes prefeririam em grande parte fazer pagamentos de comércio eletrônico através de suas operadoras de telefonia celular, cuja infraestrutura suporta modelos de pré-pagamento em dinheiro, bem como o faturamento pós-pago. Uma enorme oportunidade para as operadoras, mas que elas terão que trabalhar duro para manter.
"Um pequeno cafeicultor na Costa Rica mantém contato com os preços do mercado internacional e, por fim, organiza a venda e a retirada de sua safra, através de seu telefone celular. Uma família nas Filipinas, dependente do dinheiro de um membro que trabalha como enfermeira nos Estados Unidos, pode sacá-lo em um McDonald's local, sendo transferido o dinheiro rapidamente e de forma barata por um sistema de remessa via telefone celular. Pode parecer óbvio, mas aqueles que estão na Base da Pirâmide Econômica não conseguem aderir à economia global, e se beneficiar dela, até que estejam conectados".
Se os mercados emergentes representam a maior oportunidade para a telefonia celular no futuro, eles também merecem uma análise mais detalhada. O que os consumidores dessas regiões realmente querem?
Enquanto o debate atual se concentra nos smartphones de baixo custo, quais dispositivos os consumidores dos mercados emergentes realmente desejam? E a qual preço? O desejo por uma marca se sobrepõe a todos os outros fatores? As marcas vencedoras nos mercados desenvolvidos também serão as vencedoras nos mercados emergentes?
Nosso relatório sobre atitudes com relação aos telefones celular em mercados emergentes de 2013 se propôs a responder a estas perguntas e muito mais. Encarregamos a YouGov e a Vanson Bourne de realizar uma pesquisa independente com mais de 3.500 adultos representantes no Brasil, Índia, Arábia Saudita, Nigéria, Reino Unido e Estados Unidos para fornecer informações sobre as diferenças entre os consumidores de telefonia celular em mercados emergentes e desenvolvidos.